• Carregando...
A unidade terá capacidade anual de 6,8 milhões de litros de etanol hidratado e 3.000 toneladas de lecitina. | Divulgação Caramuru
A unidade terá capacidade anual de 6,8 milhões de litros de etanol hidratado e 3.000 toneladas de lecitina.| Foto: Divulgação Caramuru

Seguindo a tendência de ampliação da matriz enérgica brasileira, especialmente com combustíveis renováveis, a Caramuru – uma das principais processadoras brasileiras de grãos – vai investir R$ 115 milhões na ampliação de seu complexo industrial em Sorriso (MT), para trabalhar com a novíssima tecnologia do etanol de soja.

Segundo a empresa, a usina tem potencial para gerar 60 empregos diretos e mais 200 indiretos na região. Além do etanol hidratado a partir de soja, o empreendimento – que deve estar pronto em até dois anos - também irá atuar com o processamento de lecitina.

A iniciativa com o biocombustível é pioneira na indústria mundial. As experiências atuais são a partir de cana-de-açúcar, milho ou beterraba. A unidade terá capacidade anual de 6,8 milhões de litros de etanol hidratado e 3.000 toneladas de lecitina.

“Esse projeto é mais uma iniciativa que a Caramuru empreende para agregar valor à sua produção. Paralelamente, o investimento abre novas oportunidades de negócios para o produtor do Mato Grosso”, afirma o vice-presidente da empresa, César Borges de Sousa.

O etanol hidratado, além de ser usado como combustível para veículos, na sua forma pura, é também matéria-prima industrial, utilizada na fabricação de perfumes, materiais de limpeza, solventes e tintas. A lecitina de soja é aplicada em vários segmentos, como: chocolates, margarinas, sorvetes, biscoitos, pães e massas, produtos instantâneos, doces e molhos, além de ser utilizada na fabricação de produtos dietéticos, farmacêuticos e em cosméticos.

Na unidade a empresa já produz: Farelo Hipro, Óleo e Proteína Concentrada de Soja (SPC), um produto com alto teor de proteína, acima de 60%, ambientalmente correto e substituto da farinha de peixe nas rações. O SPC é integralmente exportado para a Europa pela “Saída Norte”, através dos terminais da Caramuru em Itaituba, no Pará, e no Porto de Santana, no Amapá.

Todo o potencial da matéria-prima soja será aproveitado com alta eficiência energética na nova planta do complexo industrial, minimizando os impactos ambientais. Ao processar a soja, será produzido simultaneamente energia elétrica (cogeração), biodiesel e etanol hidratado.

Finep

A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) já liberou a primeira parcela do financiamento para a Caramuru investir nesta inovação de processamento de soja em grãos. A primeira parte do aporte soma R$ 40 milhões, de um total de R$ 69 milhões aprovados para o financiamento de longo prazo. O restante do investimento será arcado pela empresa, por intermédio de recursos próprios e captação em bancos.

Sobre a Caramuru

A Caramuru é uma empresa de capital nacional, que opera no processamento de grãos (soja, milho, girassol e canola) e na produção de biodiesel. A empresa faturou R$ 4,021 bilhões em 2016 e exportou US$ 522,431 milhões. Com 2.768 funcionários, a empresa conta com cinco unidades industriais: Itumbiara, São Simão e Ipameri, em Goiás, Apucarana, no Paraná, e Sorriso, no Mato Grosso. Em 2016, a Caramuru processou 1.761.621 toneladas de soja, 232.957 toneladas de milho, e 28.240 toneladas de girassol.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]