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Castro – A exportação de leite em pó, queijos e outros produtos lácteos poderia ser a solução para o excesso de oferta de leite no mercado interno. Mas a valorização do real, as barreiras comerciais e sanitárias e os subsídios bancados por União Européia, Estados Unidos e Japão dificultam essa operação.

As exportações brasileiras de lácteos cresce a cada ano. Em 2005, deverão atingir o equivalente a 600 milhões de litros, quase 15 vezes o volume de 2000 (42,1 milhões de litros). Desde 2004, o saldo comercial (diferença entre exportação e importação) do setor apresenta superávit.

O crescimento das exportações brasileiras é resultado, em grande parte, pela entrada do país na Aliança Láctea Global – associação dos cinco grandes exportadores mundiais: Nova Zelândia, Austrália, Brasil, Argentina e Uruguai. Esses produtores se uniram para lutar conjuntamente na Organização Mundial do Comércio (OMC) e em rodadas de negociações contra os subsídios e as barreiras sanitárias.

Uma das vítimas do câmbio é a Confepar, central de oito cooperativas, com sede em Londrina. A cooperativa – que integra a Serlac Trading – ingressou no mercado externo em 2004. No ano passado, exportou 1,8 mil toneladas de leite em pó. Em novembro passado, com a desvalorização do dólar frente o real, a Confepar suspendeu as exportações.

Segundo o presidente da central, Renato Beleze, mesmo com o baixo retorno a cooperativa será obrigada a retomar as exportações a partir de outubro, por causa do aumento da produção de leite. "Se não exportarmos, haverá sobra de matéria-prima", afirma Beleze. A Confepar produz 200 mil litros de leite longa vida e 60 toneladas de leite em pó por dia.

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