Adesão ao CAR é obrigatória para todas as áreas com matrícula, independentemente da atividade realizada.| Foto: Henry Milleo / Gazeta Do Povo

A apresentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), programada para a tarde desta quarta-feira (15) na Assembleia Legislativa do Paraná, acabou se convertendo em um debate ambiental. Parlamentares, representantes do setor e do governo centralizaram as discussões no aspecto de como será a implantação do cadastro -- primeiro passo para a consolidação do Código Florestal no Paraná.

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O deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) participou das discussões como representante da Frente Parlamentar Ambientalista do Paraná. Também esteve presente o diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani. A interação entre os agentes é considerada necessária para viabilizar a adoção ao Código Florestal no estado, indica o coordenador de Biodiversidade e Florestas da Secretaria do Meio Ambiente, Paulo de Tarso. “É impossível para o estado implantar o CAR sozinho. Nosso papel é o de facilitador para municípios e associações”, diz.

Durante as discussões, foi sinalizado que a apresentação do CAR pode se consolidar ainda neste mês, mas depende do governo federal, que vai encaminhar um modelo de adoção a ser seguido em todo o país.

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Enquanto não há uma definição, o campo quer detalhar melhor os termos do novo código. “Ainda há muitas coisas indefinidas. O setor está acompanhando as discussões para saber como será o processo”, diz Silvio Krinski, Coordenador de Meio Ambiente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

Entre os pontos que precisam de esclarecimentos, ele destaca a questão de produtores que já estavam regularizados junto ao Sistema Estadual de Registro da Reserva Legal (Sisleg). Há dúvidas se um novo cadastro será necessário. “O produtor que está regularizado pode até sair prejudicado, pois acabou averbando áreas que não são mais obrigatórias”, pontua.