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A Coamo Agroindustrial, com sede em Campo Mourão (Noroeste), possui uma capacidade instalada própria para armazenar 3,66 milhões de toneladas de grãos. Com a aumento da produção e também da sua área de ação, nos últimos anos a cooperativa passou a buscar espaço em armazéns de terceiros, como da Conab.

Hoje, para acomodar a produção dos cooperados, ela precisa contratar, em média, 500 mil toneladas. Para o próximo ano, no entanto, a Coamo se prepara para alugar silos que comportem perto de 1 milhão de toneladas, extra capacidade. Ao contrário do que se possa imaginar, o motivo não está no tamanho da safra, que deve ser normal em volume de produção. A preocuação é com os estoques em alta e os preços em baixa, equação que trava o mercado e compromete a liquidez dos grãos.

E o aperto não é exclusividade da cooperativa. Os números revelam que o volume estocado é 25% superior à média histórica para está época do ano no Paraná. Somando o que restou do ciclo de verão, com o excelente resultado do trigo e do milho safrinha, estima-se que 10 das 24,64 milhões de toneladas da capacidade do estado estejam ocupadas – nesta época a ocupação sempre girou de 7 e 8 milhões de toneladas.

O Paraná responde por 20% da capacidade de armazenamento do país. A explicação para aparecer no topo do ranking está no cooperativismo. As cooperativas do estado detém 54% das 24,64 milhões de toneladas disponíveis. Essa estrutura poderia ser ainda maior, não fosse a crise econômica, que obrigou a revisão dos investimentos. O sistema havia programa aplicar neste ano R$ 355 milhões na ampliação e modernização dos silos. Até agosto foram realizados 60% dessa verba. O restante dosrecursos foi suspenso até segunda ordem, explica Fávlio Turra, gerente técnico econômico da Organização das Cooperativas (Ocepar).

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