Portos receberam enxurrada de grãos nos primeiros meses de 2016.| Foto: ANDRE RODRIGUES/ANDRE RODRIGUES

O avanço da colheita nacional de grãos amplia a pressão sobre os portos brasileiros. Balanço divulgado nesta sexta-feira (01) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) indica que o país exportou um volume recorde de 8,3 milhões de toneladas de soja em março, praticamente quadruplicando a movimentação em relação a fevereiro e consolidando um saldo de 50% nos embarques ante o mesmo período de 2015.

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O volume exportado equivale a praticamente metade da safra de soja estimada para o Paraná em 2015/16 (18,3 milhões de toneladas). Na média o país direcionou para exterior 380 mil toneladas de soja por dia. A movimentação total no mês gerou uma receita de US$ 2,9 bilhões, influenciada em grande parte pelo cenário cambial favorável aos negócios no Brasil.

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Na mesma esteira da oleaginosa, o milho também segue com fluxo intenso de vendas. O MDIC indica 2 milhões de toneladas embarcadas em março, mais que o triplo do registrado no mesmo período do ano passado.

Balança total

A forte movimentação de grãos gerou efeito positivo no saldo comercial do país. O resultado foi o maior já registrado desde o início da série histórica, iniciada em 1989, atingindo US$ 4,4 bilhões. Também pesou favoravelmente a queda das importações, que somaram US$ 11,6 bilhões, uma redução de 30% em relação a março do ano anterior.

As exportações totais do país caíram, mas apenas 5,8%, e somaram US$ 16 bilhões. No primeiro trimestre do ano, o saldo alcança US$ 8,4 bilhões positivos -- diferença entre US$ 40,6 bilhões em exportações e US$ 32,2 bilhões em importações. Para os três primeiros meses do ano, o saldo alcançado é o melhor desde 2007, quando a balança alcançou superávit para US$ 8,7 bilhões.