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Nova Mutum (MT) - Cada aplicação de fungicida tira pelo menos R$ 30 do bolso do produtor no Centro-Oeste por hectare. Esse é o custo extra que os mais prevenidos estão enfrentando nesta safra em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Eles encomendaram material para duas aplicações. E, com a expansão da doença, correm novamente às compras.

Em Mato Grosso, estão sendo notificadas duas ocorrências para cada caso registrado em 2008/09 pelo Sistema de Alerta da Embrapa Soja. Em Mato Grosso do Sul, a expansão é de 70%, mostra o banco de dados nacional, alimentado com participação dos agricultores.

O controle da ferrugem vem sendo assimilado a duras penas, conta o produtor e Alcino Uggeri, que planta 4 mil hectares de soja na região central de Mato Grosso. "Já perdi 60 mil sacas por não aplicar fungicida." Ele relata que, num dos primeiros anos da doença no Brasil, na safra 2002/03, seus técnicos decidiram não aplicar fungicida preventivamente. Foi então que a doença apareceu e levou 35% da produção embora.

Atualmente, as aplicações extras estão evitando as perdas, relata Alcino. O quadro é o mesmo em Mato Grosso do Sul. O assessor técnico da Federação da Agri­­cultura sul-matogrossense, Lucas Galvan, conta que o produtor mudou manejo – optando pela soja precoce, que é colhida antes que a ferrugem se alastre – am­­­pliou custos, mas consegue conviver com a ferrugem. A preocupação com o manejo tende a crescer entre os produtores com o aparecimento de problemas como as ervas daninhas resistentes ao glifosato, cita.

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