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A China ampliou o gasto anual com a agricultura, áreas rurais e produtores em 20%, para 716,1 bilhões de iuans (US$ 104,6 bilhões), com pagamentos diretos 26% maiores a produtores de grãos. Fundos para a aquisição de maquinários e ferramentas vão mais que dobrar para 13 bilhões de iuans, enquanto um subsídio para ajudar habitantes rurais na compra de utensílios como televisão, telefones celulares e computadores será nove vezes maior.

Outras medidas ajudarão a modernizar as fazendas e a cultivar certos tipos de terras, mas o emprego continua sendo um grande desafio com 10 milhões de trabalhadores retornando para o campo à medida que os empregos urbanos estão desaparecendo. Por ano, a China impôs medidas para proteger sua população rural de mais de 750 milhões e garantir autossuficiência em alimentos, adiando o risco de precisar importar milho e trigo por conta da rápida urbanização.

O país também vai gastar mais US$ 10 bilhões para ampliar suas reservas de commodities, medidas que, aliadas ao apoio à produção agrícolas, devem sustentar os preços locais dos grãos e impulsionar os mercados de metais e petróleo. À medida que vem se esforçando para manter sua meta de crescimento econômico de 8% em meio a uma desaceleração global que reduziu a demanda por suas exportações, a China está usando mais dinheiro para manter a renda agrícola e garantir o aumento de receitas para uma maioria rural que agora inclui milhares de trabalhadores desempregados retornando das regiões costeiras.

O país também elevou drasticamente seu orçamento para comprar a oferta excedente de produtos que vão de grãos a metais e petróleo. O orçamento irá aumentar os gastos com reservas de grãos, óleos comestíveis e outros materiais em 61%, para 178,1 bilhões de iuans (US$ 26 bilhões), ou 4,1% do seu orçamento, anunciou o Ministério da Economia nesta quinta-feira. Isso inclui 78,341 bilhões de iuans (US$ 11,5 bilhões) para estimular a demanda doméstica ampliando as reservas de produtos importantes como grãos, óleos comestíveis, petróleo, metais não-ferrosos e aço, além de instalações para armazenamento.

A China já tem comprado commodities em falta no país como cobre, petróleo e soja e está ajudando produtores de outras mercadorias com excesso de estoques, como a alumínio, zinco e algodão, ao comprar sua produção a um preço acima do mercado. "O principal objetivo do anúncio do governo chinês é injetar confiança nos mercados. Os comentários terão um impacto bem maior sobre o sentimento do que sobre o consumo, certamente nos próximos meses", disse o analista da Barclays Capital, Yingxi Yu.

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