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A China irá estocar um recorde de 80 milhões de toneladas de milho neste ano, ante 69 milhões de toneladas que o país comprou para estocagem em 2013/14, disse nesta quinta-feira (09) um operador sênior da Cofco, principal empresa de aquisição de grãos do país.

As grandes aquisições elevarão os estoques totais do país para mais de 150 milhões de toneladas ao fim da temporada 2014/15, disse o vice-diretor-geral do departamento de controle de risco e bioenergia da Cofco Zhu Yongsheng em uma conferência em Xangai.

Os estoques estatais de milho da China têm subido nos últimos anos, com o governo oferecendo preços elevados aos produtores sem conseguir se desfazer do produto, uma vez que os preços domésticos estão cerca de 30% acima do mercado internacional. O apetite chinês por substitutos do milho disparou, uma vez que as importações são restritas por cotas, com processadores buscando alternativas mais baratas para o milho caro no mercado doméstico.

As importações de sorgo irão praticamente dobrar para 7 milhões de toneladas, enquanto a cevada também vai atingir 7 milhões de toneladas, ante 4,89 milhões de toneladas importadas no ano anterior, disse Zhu.

As importações de mandioca, também um substituto do milho na ração animal, irá superar 9 milhões de toneladas, enquanto as importações de amido de mandioca deverão disparar 27%, para 2,4 milhões de toneladas. As previsões são similares às feitas pelo centro de pesquisa oficial conhecido como Cngoic (na sigla em inglês).

As importações de milho também vão subir para 4,37 milhões de toneladas, ante 2,3 milhões em 2013/14, após a aprovação pelo governo da variedade transgênica MIR 162, em dezembro, disse Zhu. O país vinha rejeitando as importações deste tipo de milho por mais de um ano. "As importações irão subir a partir de março. As importações de milho vão superar 4 milhões de toneladas e metade deste volume pode ser de milho transgênico e a outra metade de grãos convencionais", afirmou o executivo.

O consumo de milho da China tem caído anualmente desde 2010/11, mas pode se recuperar esse ano para 50 milhões de toneladas, graças a uma recente medida que autorizou a dedução de impostos nas exportações de amido de milho e outros produtos de milho, acrescentou Zhu.

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