Durante o mês de outubro, agricultoras compartilharam histórias com equipes da prefeitura de Pato Branco| Foto: Divulgação/Prefeitura de Pato Branco

Não são apenas os homens que fazem o trabalho pesado no campo. Mulheres agricultoras também lideram famílias, trabalham lado a lado com os maridos e, ainda, fazem todo o serviço doméstico. Ao mesmo tempo, elas são herdeiras da colonização europeia no Paraná. Agora, suas histórias serão finalmente eternizadas em um livro.

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No sudoeste do estado, a prefeitura de Pato Branco está desenvolvendo o projeto “Contando Causos”, que pretende resgatar e preservar a memória de mulheres que do meio rural. Elas estão sendo convidadas a escrever histórias para o lançamento de uma obra no 18º Evento das Mulheres Rurais, dia 8 de março de 2018.

“Queremos que o projeto seja mais uma maneira de enaltecer a importância das mulheres em nossas comunidades, pois elas são os pilares do desenvolvimento rural. Atividades assim oferecem momentos de informação e descontração”, afirma o secretário municipal de Agricultura, Clodomir Ascari.

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Envolvimento

Durante o mês de outubro, agricultoras se reuniram com equipes da prefeitura em três comunidades da cidade: Sede Gavião, Independência e Bom Retiro. Elas compartilharam histórias que traduzem a cultura e o desenvolvimento do meio rural, sendo convidadas a colocarem no papel suas biografias. Mas isso não impede que outras agricultoras também escrevam seus relatos. A Secretaria Municipal de Agricultura está recebendo os textos até 30 de novembro.

A iniciativa, que faz parte do Programa Flor do Campo, que promove a valorização de produtoras rurais, surgiu devido à variedade de histórias existentes nas comunidades rurais. “Essas histórias, contadas pelos pioneiros, formam a nossa identidade cultural e precisam ser eternizadas em um livro para que as próximas gerações também as conheçam, tendo em vista que a maioria só é transmitida oralmente, entre as famílias, e pode se perder”, explica a diretora do departamento municipal de cultura, Eliane Gauze.

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Natalina Guarez, 65 anos, residente da comunidade Sede Dom Carlos, diz ter gostado da novidade. “A vida dos que aqui chegaram primeiro foi cheia de dificuldades e a forma como aconteceu a construção de Pato Branco rende ótimas histórias. Estou adorando participar do projeto, poder contar e, ainda, eternizar as histórias que meus pais contavam e que estão só na minha memória”, disse Natalina.

Para enviar textos que podem ser selecionados para o livro, as interessadas devem entrar em contato pelos seguintes telefones para obter mais informações: (46) 3220-1502 ou (46) 3220-1504.

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