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A Coamo Agroindustrial, com sede em Campo Mourão, anunciou ontem o arrendamento da Coagel Agroindustrial, de Goioerê. O contrato garante a exploração de toda a estrutura de recebimento, armazenagem e processamento pelo período de 7 anos. O valor que será pago a título de locação não foi divulgado. O negócio, que vem sendo costurado há pelo menos 2 anos, tinha um outro interessado. A Copacol, de Cafelândia, que acabou preterida pela cooperativa locatária.

O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, acredita que a incorporação tem potencial para ampliar o faturamento da cooperativa em torno de 10%. No ano passado a receita bruta atingiu R$ 4,71 bilhões, um crescimento de 36% em relação ao ano anterior, quando faturou R$ 3,47 bilhões. Considerada a maior cooperativa da América Latina, ela conta com 21 mil associados e 92 unidades em 55 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Com o controle das unidades da Coagel, passa atuar em mais sete municípios das regiões Noroeste e Oeste do Paraná: além de Goioerê, Janiópolis, Quarto Centenário, Rancho Alegre do Oeste, Mariluz, Alto Piquiri, Paulistânia e Brasilândia do Sul. Pelo acordo, os associados da Coagel terão que se associar à Coamo. A migração não é obrigatória. Gallassini não descarta a possibilidade de que parte dos cooperados seja disputada por outras cooperativas da região.

A Coagel surgiu em meados da década de 70. Atualmente, tem cerca de 2.500 associados, 13 unidades de recebimento de soja, milho, trigo, algodão, café e leite e uma única indústria, de fiação de algodão. Ela possui perto 500 funcionários. O que motivou o arrendamento foi a dificuldade financeira da cooperativa, que apesar do resultado operacional positivo, nos últimos anos acumulou um passivo de dívidas que a torna insolvente. O problema não é a crise financeira mundial ou a seca na safra de verão do Paraná, mas sim um histórico que teria sido agravado por esses motivos.

Por outro lado, afirma Gallassini, a Coamo está capitalizada e ainda não foi afetada pelas turbulências econômicas internacionais. Ele diz que o setor de alimentos, de um modo geral, não sentiu reflexos negativos. Ele não descarta que ao final do período de arrendamento a Coamo faça uma proposta de compra. Existe interesse, mas isso é conversa para outro momento, destaca o dirigente. Para Gallassini, a maior dificuldade do agronegócio do Paraná neste momento é a seca, que quebrou a safra de verão e ameaça a safrinha.

O controle das unidades da Coagel pela Coamo é imediato. A administração do passivo, que não faz parte do arrendamento, continua com a cooperativa de Goioerê.

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