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O forte interesse dos importadores pela soja norte-americana levou a soja a romper a barreira dos US$ 10 por bushel (US$ 22 por saca de 60 quilos) nos contratos referentes à safra sul-americana negociados na Bolsa de Chicago. Somente nesta quinta-feira (23) a valorização superou 3% no dia. A alta levou o contrato ao mais alto patamar registrado em mais de um mês. Os contratos para a safra dos Estados Unidos também tiveram expressiva valorização, de mais 30 pontos, cotados acima de US$ 9,90 por bushel (US$ 21,78 por bushel).

O impulso partiu dos dados sobre evolução das exportações da oleaginosa norte-americana. O Departamento de Agricultura do país (Usda)  indicou que mais de 2,1 milhões de toneladas foram vendidas pelos EUA na semana encerrada em 16 de outubro. O volume veio muito acima das expectativas do mercado, que iam até 900 mil toneladas e superior ao número divulgado na semana passada, de menos de 1 milhão de toneladas.

SOJA: Evolução da cotação do contrato maio/2015, referente à colheita sul-americana

Com as vendas atuais, 73% da meta de exportação dos Estados Unidos estão comprometidas. Até o final da temporada, o país pretende embarcar 46,2 milhões de toneladas da commidty.

MilhoO milho segue na carona da soja, mas com altas moderadas. A influência neste caso vem principalmente do atraso na colheita norte-americana, por causa do excesso de umidade nas últimas semanas.  A demanda pelo cereal, por sua vez, segue enfraquecida em relação a semanas anteriores. Segundo o Usda, na última semana pouco mais de 1 milhão de toneladas foram contratadas pelos importadores, contra quase 2 milhões de toneladas negociadas uma semana antes.

O Brasil e o dólarAs altas na Bolsa de Chicago sustentaram ganhos nos preços dos grãos no Brasil, além do dólar. No Paraná, a soca trocou de mãos a uma média de R$ 57,15, conforme levantamento de Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab). O valor é 0,28% maior que o apurado na quarta-feira. Já o milho teve alta mais expressiva, de 1,14% no estado, valendo R$ 18,58 em média, acima do mínimo estipulado pelo governo.

Com a cotação da moeda norte-americana acima de R$ 2,51, o mais alto patamar em mais de sete anos, produtores e compradores voltaram a fechar negócios e em bons volumes. A alta do dólar ocorre em função da expectativa de que a candidata à reeleição Dilma Rousseff continue à frente de seu rival, Aécio Neves, nas próximas pesquisas de intenção de voto para a eleição de domingo (26).

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