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Setor reivindica reajuste e também mistura de fécula na farinha do pão. | Foto: Arquivo
Setor reivindica reajuste e também mistura de fécula na farinha do pão.| Foto: Foto: Arquivo

A tonelada de raiz de mandioca caiu de R$ 500 para R$ 200 nos últimos 15 meses no Paraná e abriu crise aguda entre os produtores, que resolveram pedir socorro ao governo. Apesar do tombo na cotação, o preço mínimo -- que baseia os programas federais -- está em R$ 170 por tonelada, o que deixa o setor desamparado.

Os produtores recorreram à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), que encaminha solicitação de medidas urgentes a Brasília. Os custos de produção, que deveria coincidir com o preço mínimo, estão perto de R$ 240 por tonelada. Como o mercado para R$ 200/t, isso indica que os produtores estão tendo R$ 40 de prejuízo por tonelada.

Com 4 milhões de toneladas ao ano, o Paraná é o segundo maior produtor da raiz e pode registrar prejuízo de mais de R$ 100 milhões pela queda nas cotações. Uma crise no setor tende a desestimular o cultivo e provocar escassez de fécula, produto em que o estado é líder, com 65% da oferta.

A produção de mandioca tem dois anos consecutivos de crescimento no país, o que provoca a queda nas cotações. A expansão foi de 10% em 2014, para 23,3 milhões de toneladas, conforme o IBGE, e agora pode chegar a 24 milhões de toneladas.

 

40 das 69 indústrias

de fécula de mandioca do Brasil ficam no Paraná, conforme a Seab. Com 58% do parque industrial, o estado responde por 65% a 70% da produção de fécula, oferecendo ao mercado de 350 mil a 400 mil toneladas anuais.

30% de correção

no preço mínimo é a principal reivindicação do Paraná diante do governo federal. A R$ 170 por tonelada, o valor de referência está longe dos custos, estimados em R$ 240/t no estado. Além disso, é solicitado que o governo compre 20 mil toneladas de farinha e 20 mil toneladas de fécula, aliviando a pressão da oferta.

Bandeiras antigas

A crise no setor resgata bandeiras antigas, como a redução da carga tributária, que faz o produto de exportação do Brasil custar o dobro em dólar na comparação com o do Paraguai, e a mistura de fécula de mandioca na farinha de trigo, o que elevaria a demanda interna.

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