Os produtores que mantêm um olho no mercado, enquanto monitoram ataques de lagartas e do fungo da ferrugem asiática, notaram que os preços pararam de cair no Brasil, problema que vinha ocorrendo desde o início do plantio. No mercado internacional, o bushel de soja baixou de US$ 17,7 a US$ 14,9 nos últimos meses, uma desvalorização de 15,6%. O bushel do milho, por sua vez, derrapou de US$ 8,1 para US$ 7,2, conforme os números da Bolsa de Chicago registrados de setembro para cá. No entanto, o mercado brasileiro vem escapando dessa regra: o milho até ganhou valor e a soja dá sinal de recuperação.
O preço médio da saca de soja no Paraná caiu sim de R$ 73,9 em setembro para R$ 67,27 no mês passado, mas agora já recuperou R$ 2,5 por saca, ou 37% do valor perdido. Na saca de milho, houve valorização de 10,8% (set/nov) e de 5,2% (nov/preço atual). E, apesar da elevação entre 10% e 15% nos custos relatada pelos produtores, ainda existe folga. Na comparação com os preços de um ano atrás, a soja se valorizou 73,8% e o milho subiu 35,3%, mostra o histórico das cotações do Departamento de Economia Rural (Deral).
O setor está com metade da safra vendida parcela que passa de 60% em Mato Grosso e Goiás. Para esses produtores, além de contar com bom clima, resta controlar as pragas. A ferrugem atingiu 19 casos e os ataques de lagartas são observados em seis estados.
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