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Ao menor sinal de novos soluços na economia, os investidores correm às vendas e derrubam os preços da soja e do milho. Às previsões de continuidade da seca no cinturão de produção dos Estados Unidos, respondem comprando contratos futuros e carregam de volta para cima as cotações.

Se na semana passada o clima quente e seco no Meio-Oeste norte-americano carregou o preço da soja para o maior patamar em mais de seis meses, nesta semana o aprofundamento da crise europeia fez a oleaginosa perder US$ 0,25 em apenas dois pregões. Ontem, o primeiro contrato caiu 2,5 pontos e encerrou a sessão trocando de mãos a US$ 14,11 o bushel (27,2 quilos) em Chicago. O milho seguiu o mesmo roteiro e terminou a quarta-feira valendo US$ 7,365 o bushel (25,4 quilos), com baixa de 3,5 pontos no dia. Os preços equivalem a, respectivamente, US$ 31,13 e US$ 17,40 por saca de 60 quilos.

"O aumento da dívida europeia está deprimindo os preços das commodities agrícolas porque a falta de confiança nos governos para lidar com seus problemas de dívida e reviver as economias reduzem as compras especulativas no mercado de grãos", explica Greg Grow, diretor de Agronegócio da Archer Financial Services, de Chicago.

No final do mês passado, especuladores haviam elevado suas apostas na alta dos preços internacionais da soja e do milho. Relatório da CFTC (co­­missão reguladora do mercado futuro de commodities nos EUA) mostra que, somente na semana encerrada em 30 de agosto, os fundos de hedge aumentaram em 50% a sua posição comprada na oleaginosa e em 13% no cereal.

Essa onda de compras, que impulsionou as cotações dos dois grãos na semana anterior, agora aumenta o potencial de queda dos preços em Chicago. "Caso esses agentes resolvam desmontar suas posições e mi­­grar para ativos considerados mais seguros, podem haver novas quedas", alerta o especialista.

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