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O agronegócio levou décadas para consolidar bancadas de representantes no Legislativo nas esferas estadual e federal. E agora vem ampliando sua influência na esfera municipal, com a eleição de milhares de vereadores e prefeitos, mostra a edição de hoje do caderno Agronegócio. Um quadro inusitado, relacionado ao crédito político que a sociedade confere a quem trabalha no campo.

Muitos candidatos se identificaram como agropecuaristas inclusive por conveniência durante a campanha eleitoral. Estavam certos do quanto ser produtor rural pode pesar favoravelmente na composição da imagem de um político.

O agricultor tradicional, que se dedicava única e incansavelmente ao trabalho braçal, sem medir esforços para sustentar sua família, se deu conta que, sem participação nas decisões políticas, ficaria eternamente de lado. Avançou em suas atividades práticas e tenta fazer valer sua importância na economia.

Os candidatos agropecuaristas devem muito a esse produtor, enraizado no imaginário coletivo e admirado pelos eleitores. Mas, para fazerem sua parte, precisam mostrar interesse na evolução da sociedade sem delimitações.

A bancada ruralista da esfera municipal é mais que um grupo de vereadores ou um prefeito a defender os interesses de um segmento. Trata-se de políticos diretamente ligados a um dos setores com maior potencial de expansão no país. Conscientes desse potencial e sensíveis às causas de uma parcela importante da população, têm condições de ajudar prefeituras e câmaras municipais a trabalharem de forma mais coerente com as realidades locais.

Os vereadores e prefeitos ligados ao campo têm o que falta a políticos sem relação direta com algum setor da economia: a consciência de sua origem e a clareza sobre uma saída possível para o desenvolvimento. Obviamente, o desempenho de cada político é que vai demonstrar se os eleitores estão realmente fazendo escolhas acertadas.

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