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Depois de escorregar para o lado vermelho das tabelas na semana passada, os preços internacionais da soja e do milho recobraram força e terminaram o pregão de ontem com variações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). A oleaginosa encerrou os negócios valendo US$ 14,44 o bushel (27,2 quilos), ou US$ 31,85 a saca de 60 quilos. O cereal fechou cotado a US$ 6,6925 o bushel (25,4 quilos), ou US$ 15,81/sc. No ano, os dois grãos acumulam valorização de, respectivamente, 4% e 6% na bolsa.

A alta foi embalada pelo que os analistas chamam de choque de oferta. Diante de safras menores no Leste Europeu, Rússia, Estados Unidos, Austrália e com as lavouras argentinas ainda sob risco climático, o mercado teme produção mundial aquém do consumo, que, mesmo a preços elevados, não dá sinais de arrefecimento.

"Os conflitos no Norte da África fizeram com que vários países iniciassem um movimento de formação de estoques estratégicos de alimentos, elevando a demanda por grãos e pressionando ainda mais os estoques mundiais, que já estão bastante apertados", relata o técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Paraná Eugênio Stefanelo. Ao aumento inesperado da demanda africana, soma-se o gigantesco consumo da China.

No Brasil, os preços acompanham o mercado internacional. No Paraná, soja e milho subiram cerca de R$ 1,50 no último mês, segundo a Secretaria Estadual da Agricultura (Seab). Ontem, a soja foi negociada a R$ 46,94 e o milho a R$ 22,20, valores 3% e 8% maiores que a média de dezembro, respectivamente.

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