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País não aceita a chamada regionalização, ou seja, apresentação de certificados sanitários de uma região apenas |
País não aceita a chamada regionalização, ou seja, apresentação de certificados sanitários de uma região apenas| Foto:

A primeira missão do novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, acaba de surgir no horizonte – derrubar o embargo imposto esta semana pela Ucrânia à carne suína brasileira. O país europeu, que se tornou o maior comprador do Brasil no último ano, determinou o embargo de carnes in natura contaminadas pela bactéria Listeria monocytogenes. Segundo técnicos do ministério, a presença do agente na carne de porco é comum e não tem comprometido as vendas para outros países, porque é eliminada no cozimento. O governo brasileiro prepara uma missão técnica para tratar do assunto.

A barreira surpreendeu o setor. Preocupado com o desfecho do problema, o pre­sidente da Associação Bra­sileira da Indústria Pro­du­tora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto, diz que a situação precisa ser revertida rapidamente. “Se o governo reagir, prestar esclarecimento, pressionar, indagar e resolver rapidamente, o prejuízo será mínimo. É preciso reverter em 30 dias”, diz.

O setor não descarta a possibilidade de o embargo ser uma tática comercial. “Não se fecha o mercado para um país inteiro porque identificou-se um ou dois frigoríficos com o problema”, avalia Neto. No ano passado, os ucranianos importaram 24% da carne suína exportada pelo Brasil – o principal destino da carne brasileira. Foram 139 mil toneladas, que resultaram em vendas de US$ 359 milhões.

Não é a primeira vez que a suinocultura brasilei­ra é ameaçada por um importador. No segundo semestre de 2011, a Rússia, então maior comprador do país, suspendeu relações comerciais com frigoríficos do Brasil, alegando problemas sanitários com a carne importada. Hoje, apenas quatro empresas nacionais fornecem o produto para a Rússia. O Paraná continua embargado.

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