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Embora seja considerada a nova fronteira agrícola da Ar­­gentina, o Chaco ainda es­­tá longe de se consolidar no cultivo de grãos. A falta de chuvas e tecnologias limitam o avanço da soja e do milho no Norte do país. No momento, institutos de pesquisa bancados por grupos de produtores e governo estudam novos tipos de sementes tolerantes à seca. Mas, de acordo com especialistas, ainda há muito trabalho pela frente.

"É preciso investir em canalização de rios para estruturar o Chaco. Isso demanda altos investimentos do governo", avalia Ro­­dolfo Rossi, gerente de pesquisa em sementes de soja da Nidera, com sede em Venado Tuerto. Ele complementa que a pesquisa da so­­ja tolerante à seca, que a empresa desenvolve em parceria com outras instituições, registra novas descobertas, mas ainda deve demorar a ser lançada.

Por enquanto, o Chaco atrai investimento imobi­­liá­­rio. O grupo Romagnoli, de Monte Buey (província de Córdoba) pretende inaugurar o cultivo de grãos na região na próxima safra. "Ain­­da não temos expe­­riên­­cia em produção por lá. Vamos entender a oferta ambiental do lugar e tentar nos adaptar. Muitos produtores estão começando a investir em irrigação ar­­tificial", con­­ta Santiago Lo­­renzatti, gestor e sócio da em­­presa em uma área comprada recentemente na nova fronteira argentina.

Bom negócio

As terras do Chaco custam 25% dos preços praticados em regiões produtivas. Enquanto na província de Buenos Aires um hectare é vendido por cerca de US$ 25 mil – o dobro do preço praticado em regiões agrícolas do Paraná –, no Chaco sai por US$ 4 mil.

"Não há muita pastagem disponível para [conversão em lavoura de] soja. Hoje, digo que é possível chegar­­mos [de 19,3 milhões] a 20 milhões de hectares por cau­­sa dos preços, que estão motivando os produtores. O limite máximo para crescimento da agricultura em todo o país é de 4 milhões de hectares, o que somaria cerca de 3 milhões de toneladas à produção nacional", avalia o pesquisador da Nidera. O governo projeta expansão de 50 milhões para 70 milhões de toneladas até 2020. Cerca de 1 milhão de hectares poderiam ser incorporados no Chaco, conforme fontes do setor ouvidas pela Expedição Safra.

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