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O Plano Diretor que a Federação da Agricultura do Paraná (Faep) vem entregando aos candidatos a governador divide responsabilidades entre o setor privado e o público. A estratégia é agir de forma integrada e especificar claramente o que o agronegócio espera do Palácio Iguaçu.

Para a Faep, “é necessário que se desenhe a partir de 2015 um quadro inovador” em três eixos. A entidade argumenta que o valor bruto da produção do Paraná, que avançou 79% entre 2005 e 2013, cresce menos que o VBP do Santa Catarina (112%), Rio Grande do Sul (106%), Mato Grosso (99%) ou Mato Grosso do Sul (116%). A agroindústria ainda é, basicamente, de primeiro beneficiamento, ou seja, poderia agregar mais valor à produção com apoio estatal, aponta a entidade.

Eixo 1

A Faep propõe que a Agência Paraná Desenvolvimento atue como porta de entrada para projetos de investimento em geral. Essa reivindicação remete às campanha de quatro anos atrás. Além de articular os projetos, a instituição cumpriria a função do governo de estimular a inovação. A agropecuária “necessita de um governo que aja com seriedade, consciência e firmeza na promoção do desenvolvimento”, argumenta a Faep. Para esse desenvolvimento, as organizações agro continuariam atuando na capacitação do produtor.

Eixo 2

O mais estrutural dos três eixos está relacionado à infraestrutura e exige aplicação bem maior de recursos que os outros dois. Trata de rodovias, ferrovias e do porto. Concentra as principais reivindicações do agronegócio: duplicação das rodovias do Anel de Integração; reforço na recuperação de estradas rurais, atuação firme para a construção da ferrovia Maracaju-Paranaguá, articulação junto a Brasília para investimentos de peso nos portos de Paranaguá e Antonina, programa estadual de armazenagem, internet e eletricidade acessíveis às propriedades rurais.

Eixo 3

O Plano Diretor cobra ainda mais qualidade no serviço público, argumentando que há “falta de quadros inteligentes”. “Núcleos pensantes” seriam formados por executivos do setor público e técnicos de alto nível. Por um recuo nessa função do governo, “há uma paralisia” na promoção do desenvolvimento, avalia a Faep. Esse eixo exige ainda treinamento para técnicos e a criação de uma escola, que poderia fazer parte do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

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