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Caminhoneiros ainda protestam nesta segunda-feira (02) em mais de 30 pontos de rodovias federais do país, especialmente nos estados do Sul, enquanto o governo se prepara para sancionar a nova Lei dos Caminhoneiros sem vetos, conforme acordo firmado na semana passada.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 19 pontos de interdições parciais no Rio Grande do Sul, seis em Santa Catarina e outros oito no Paraná, de acordo com boletim divulgado nesta manhã. Na região de Guarapuava (Centro-Sul) um manifestante foi preso por atirar pedras contra os caminhoneiros que passavam pela rodovia.

Segundo a PRF, em Mato Grosso, a interdição de dois pontos da BR-163, principal estrada para o transporte de produtos agrícolas e insumos do estado, é total, barrando até veículos de passeio e não apenas caminhões.

Há relatos de que muitos produtores em Mato Grosso poderiam ficar sem diesel para a colheita a partir desta segunda-feira, por conta dos bloqueios no maior produtor de soja do Brasil. As manifestações também ameaçam as exportações de produtos agropecuários, uma vez que os estoques de grãos nos portos estão sendo reduzidos.

A indústria de carne de aves e suína também está paralisando dezenas de unidades, especialmente no Sul, em função da escassez de insumos.

Sanção

Os protestos continuam mesmo com a confirmação do governo federal de que a Lei dos Caminhoneiros será sancionada sem vetos. A iniciativa confirma a execução do acordo firmado na última quarta-feira com parte das lideranças dos caminhoneiros que estão em greve no país.

De acordo com a lei que Dilma sancionará, haverá isenção de pagamento de pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios, o perdão das multas por excesso de peso expedidas nos últimos dois anos e a ampliação de pontos de parada para descanso e repouso.

"Também nesta segunda-feira, o governo tomará as medidas necessárias junto ao Congresso Nacional para permitir a prorrogação por 12 meses das parcelas de financiamentos de caminhões adquiridos pelos programas ProCaminhoneiro e Finame, do BNDES", informou a Secretaria-Geral da Presidência, em nota.

A grande expectativa da presidente Dilma Rousseff para o início da semana é que a greve seja debelada. Além dos esforços de negociação que resultaram na lei, o governo, por meio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também engrossou o discurso contra os grevistas, instituindo a cobrança de uma multa de R$ 10 mil por hora parada a cada caminhoneiro.

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