Faltam caminhões para o transporte de milho para regiões com déficit de oferta do cereal, e o governo recorrerá ao Exército numa tentativa de aliviar a situação, disse nesta terça-feira (4) o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, durante evento em São Paulo. Ribeiro observou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vem encontrando dificuldade para transportar milho dos estoques públicos para as regiões com déficit de abastecimento, como os Estados das regiões Sul e Nordeste.

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Portarias interministeriais já autorizaram a remoção de 400 mil toneladas de milho para atendimento a pequenos criadores. "A Conab está tratando disso, estamos tentando resolver o mais rápido possível. O transporte é extremamente difícil. Com a greve dos caminhões tudo dificultou, mas também não é desculpa para demorar tanto a ter solução", afirmou Ribeiro a jornalistas, após evento na Sociedade Rural Brasileira, em São Paulo.

Uma greve de caminhoneiros ao final de julho afetou o transporte do produto, num momento em que a demanda por transporte é grande, com o Brasil tentando escoar uma produção recorde de milho.

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Embora a safra 2011/12 de milho esteja estimada em um recorde superior a 70 milhões de toneladas, algumas áreas do país não são produtoras ou sofreram os efeitos de uma estiagem severa no início do ano, como é o caso do Rio Grande do Sul. "Pedi ao presidente da Conab e à diretoria que empenhassem todos os esforços, inclusive recorrendo ao próprio Exército, para auxiliar no deslocamento do milho do Mato Grosso para os Estados do Nordeste e do Sul", acrescentou o ministro.

Ele não entrou em detalhes sobre a eventual participação do Exército no escoamento do produto. A situação revela os problemas de infraestrutura e logística do Brasil, especialmente em momentos de grande demanda externa e de safra grande.

Soja

A autoridade afirmou ainda que teve garantias da indústria de soja de que não faltará o produto para o abastecimento do mercado interno na entressafra neste ano, após grandes volumes terem sido exportados. "A indústria me garantiu que não faltará soja."

O ministro reafirmou que o Brasil terá uma safra recorde em 2011/12, e que há sinais que indicam no mesmo sentido no próximo ano.

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