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A greve dos fiscais federais agropecuários, que está entrando em seu sétimo dia nesta quarta-feira, já impede o desembarque no exterior de algumas cargas brasileiras de milho, soja e algodão que ainda não receberam um certificado fitossanitário por conta do movimento grevista, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Com a paralisação, o certificado que normalmente é emitido após a saída do navio do Brasil ainda não está de posse de alguns exportadores cuja carga já chegou a países importadores. "A consequência é terrível, o navio não pode descarregar [sem o documento]. Já tem navios no destino impedidos de descarregar", afirma o diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes, que não quis revelar número de navios e os destinos especificamente.

O produto agrícola mais prejudicado pela greve é o milho, cujas exportações estão em ritmo acelerado. No caso da soja, os prejuízos são menores, uma vez que a maior parte da última safra do país já foi exportada.

Mendes explicou que os atrasos geram perdas devido ao pagamento do frete adicional, com o navio impedido de descarregar. Além disso, o exportador pode não receber o pagamento pela carga enquanto ela não for desembarcada.

De acordo com Mendes, os exportadores que se sentirem prejudicados podem para entrar na Justiça para exigir a emissão do documento, enquanto governo e fiscais não chegam a um acordo para colocar um fim na greve.

Ele disse que ainda é cedo para ter uma estimativa sobre os prejuízos, mas afirmou que começa a aumentar o número de pedidos de socorro dos exportadores junto à associação.

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