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Entre os principais grãos produzidos no Brasil, o milho é o que tem situação mais complicada, avalia Mário Balk, gerente comercial da cooperativa Lar, com sede em Medianeira, Região Oeste do Paraná. Na última safrinha, a cooperativa ofereceu aos seus associados até R$ 21 pela saca de 60 quilos do cereal, mas quase não encontrou vendedores, relata Balk. O produtor não quis negociar porque acreditava em preços ainda mais altos durante a colheita da segunda safra, o que não aconteceu. Se for negociar o grão hoje, o agricultor recebe, em média, apenas R$ 17 pela saca.

A explicação para a resistência dos produtores em comercializar sua produção está na experiência do ano passado. Na temporada 2007/08, quando o preço do grão atingiu o pico de R$ 26 na época da implementação da safrinha, muitos agricultores já haviam travado boa parte da safra a preços inferiores. Para não repetir o mesmo erro neste ano, seguraram as vendas durante os picos de preço registrados na metade deste ano. Agora, muitos lamentam a decisão. "Deixei de vender a R$ 26 e agora ainda tenho milho da safrinha sobrando", conta Ari Luiz Marcolin, de Catanduvas (Oeste).

Pressão

A sobra de milho no mercado vai pressionar os preços do cereal ainda mais no próximo ano, avalia Gilmar Sponchiato, assistente técnico da unidade de Palotina da cooperativa C.Vale. Ele se refere também à entrada da nova safra. O cenário também atrasa os planos da C.Vale de ocupar 25% da sua área com milho de verão. A meta é 40.000 hectares, mas para o ciclo atual conseguiu atingir pouco mais de 11 mil hectares.(LG)

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