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Enquanto a Argentina se apressa em adotar as medidas necessárias para combater o foco de aftosa, inclusive com a decisão sobre a sacrifício dos animais, o governo paranaense e o Ministério da Agricultura estão há quase quatro meses tentando solucionar o impasse criado em torno da doença no estado. Em 10 de outubro de 2005, com a confirmação do foco em Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Agricultura (Seab) começou a rastrear as propriedades que receberam animais daquele estado. Em 21 de outubro, o Paraná anunciou que havia identificado animais com sintomas de aftosa.

O ministério demorou 45 dias para concluir que havia realmente um foco da doença, mas na Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira, fora do circuito inicialmente sob suspeita. O estado contestou a conclusão. Após uma série de troca de acusações entre autoridades paranaenses e federais, em 11 de janeiro o Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) decidiu pelo sacrifício sanitário do rebanho da fazenda, mesmo convencido de que não há aftosa no local.

Foi então a vez do dono da área, André Carioba, entrar em cena. Ele obteve uma liminar na Justiça Federal que impediu o sacrifício dos animais e exigiu que o ministério apresentasse os laudos técnicos que usou para decretar o foco. Sem retirar a ação na Justiça, o pecuarista autorizou a avaliação das 1.795 cabeças da fazenda, que apontou uma indenização de R$ 1,285 milhão. Carioba considerou o valor baixo e descartou um acordo. Agora, seu advogado tem cinco dias para avaliar os documentos apresentados pelo ministério à Justiça.

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