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A maioria dos agricultores e pecuaristas brasileiros ainda não tem acesso à agricultura de precisão. Não pode comprar máquinas programáveis que atendem às exigências de cada quadro da propriedade. Em pequenas e médias áreas, que prevalecem em estados como o Paraná, ficam de lado também plantadeiras e colheitadeiras equipadas com lâminas para roçada, por exemplo, que cumprem duas tarefas cada vez que percorrem uma área. O limite é sempre o preço. Uma única máquina dessas vale tanto quanto uma área de 80 hectares no estado, e dois terços das propriedades estão abaixo dessa linha de corte. Para comprar uma única máquina, só vendendo o sítio.

Não à toa, as indústrias comemoram a proposta do governo federal de tornar o programa Mais Alimentos permanente. Foi esse programa que reforçou as vendas do setor no ano passado, revertendo forte tendência de queda na comercialização. O Mais Alimentos ajuda o produtor a comprar trator de baixa potência.

A indústria defende agora que o Finame PSI, que facilita a venda de tratores de alta potência, também seja perenizado. Essa é a nova bandeira da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). "Num cenário de real valorizado, juros altos e custos elevados por impostos, só com ajuda do governo o campo pode avançar em mecanização", defende o presidente da Abimaq, Luiz Aubert.

No Paraná, o Trator Solidário, que também reduz juros e estende prazos, aplicou R$ 220 milhões, facilitando a distribuição de 5,25 mil tratores desde 2007. A fornecedora exclusiva, a New Holland, informa que 20% de suas vendas vêm sendo sustentadas pelo programa paranaense. Considerando só a venda de tratores, metade dos cerca de 45 mil veículos comercializados ano passado por todas as marcas no país teve algum tipo de apoio público.

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