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Kátia Abreu quer buscar aproximação junto aos Estados Unidos. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Kátia Abreu quer buscar aproximação junto aos Estados Unidos.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, defendeu nesta quinta-feira (15) mais diálogo e harmonização de processos para ampliar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Ao abrir, pela manhã, o Diálogo Agrícola Brasil Estados Unidos, na CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), ela afirmou que as duas nações são “gigantes na produção de alimentos e nas exportações” e não devem ser encaradas como inimigas ou adversárias. As informações são da Agência Brasil.

“Muito pelo contrário. Temos funções complementares, responsabilidades mútuas com a segurança alimentar mundial e devemos harmonizar, cada vez mais, nosso diálogo, começando pelos processos de importações e exportações”, afirmou a ministra.

Kátia Abreu discursou ao lado do presidente da CNA, João Martins, e da embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde. O encontro foi promovido pela CNA e pelo Departamento de Agricultura dos EUA (Usda).

A ministra destacou o acordo para exportação de carne bovina in natura, firmado em junho último, quando a presidente Dilma Rousseff visitou Washington. Kátia Abreu informou que o acordo representou um “marco muito especial”, acrescentando que “estamos com tudo pronto para vender, pela primeira vez, nossa carne para aquele país”.

De acordo com a ministra, não existe “briga comercial” entre os Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Estados Unidos e União Europeia. “O que existe é luta pela sobrevivência em ampliar mercados e garantir fornecimento de alimentos ao mundo.”

Kátia Abreu ressaltou que a lei agrícola norte-americana (Farm Bill), aprovada no ano passado, traz “muita preocupação” para o agronegócio brasileiro, especialmente em relação aos subsídios.

Conforme estudo realizado pela CNA, se a lei fosse acionada hoje provocaria queda de 2,7% no preço da soja, o que representaria prejuízo de US$ 1,1 bilhão aos produtores brasileiros da commodity (produto básico com cotação internacional).

Para a ministra, o Brasil não pode acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) antes de a lei Farm Bill ser colocada em prática. Segundo ela, os mecanismos só serão acionados se houver distorções de preços. Apesar das ponderações sobre subsídios, Kátia Abreu elogiou a política de seguro rural prevista na Farm Bill, que servirá de referência para a Lei Plurianual Agrícola brasileira.

“Queremos simplificar nossa legislação e dar previsibilidade e estabilidade ao produtor. O ponto alto será o seguro agrícola, item em que a lei americana é extraordinária.”

Sobre o acordo Transpacífico (TPP), que reúne 12 países das Américas, da Ásia e Oceania, a ministra disse que o Brasil precisa “rever sua posição para não ficar isolado, ilhado diante do mundo. Espero que mudanças possam ocorrer, no sentido de o Brasil ficar um pouco mais livre para fazer acordos comerciais, bilaterais e amplos, de livre comércio”.

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