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Tamanho da área a ser dedicada ao cereal está sendo revisto em pleno plantio | Jonathan Campos /gazeta Do Povo
Tamanho da área a ser dedicada ao cereal está sendo revisto em pleno plantio| Foto: Jonathan Campos /gazeta Do Povo

A expansão no plantio de milho de inverno registrada nas últimas temporadas está sendo freada pelos preços neste ano. Diante das cotações apertadas (próximas dos custos), os agricultores recuaram e muitos até reduziram o cultivo, optando por soja ou reservando área para trigo, aveia, cevada e pousio. As projeções públicas e privadas indicam redução e manutenção da área plantada.

No Paraná, de acordo com o acompanhamento realizado pela Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o produtor recebeu média de R$ 19,8 por saca (60 kg) em janeiro, 24% a menos do que no mesmo período de 2013 (R$ 25,8). O estado reserva cerca de 2 milhões de hectares ao milho de inverno. A previsão de recuo vem sendo revisada em regiões como o Oeste e a colheita deve passar novamente de 10 milhões de toneladas.

Com os preços em queda durante todo o ano de 2013, a segunda safra de milho, em fase de plantio, deve atingir 44,7 milhões de toneladas, segundo projeção da Expedição Safra Gazeta do Povo. A produção é praticamente a mesma da temporada passada, quando os agricultores colheram 45,4 milhões de toneladas. O fiel da balança é Mato Grosso, que planta 3,3 milhões de hectares e produz 20 milhões de toneladas num único inverno.

“O melhor adubo para o produtor rural chama-se preço. No ápice da crise do milho, gerada por uma seca sem precedentes nos Estados Unidos, em 2012, o cereal alcançou preços jamais conhecidos nos últimos 50 anos. Com a recomposição parcial dos estoques mundiais em 2013, é natural que os preços caiam”, aponta o analista Osler Desouzart, da OD Consulting.

23 milhões de toneladas de milho foram acrescentadas à produção de inverno em dois anos. Colheita nacional passou de 22 milhões (2010/11) para 45 milhões (2012/13), aponta a Expedição Safra.

26,6 milhões de toneladas de milho foram exportadas em 2013 pelo Brasil, o que aliviou a pressão sobre os preços internos. “Não é um bom preço, mas cobre custos”, analisa o agrônomo Robson Mafioleti, que assessora as cooperativas do Paraná.

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