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Umuarama – Apesar de lucrativa e ótima opção de diversificação nas pequenas e médias propriedades rurais, a criação de codornas no Paraná estacionou em aproximadamente 455 mil aves desde 2001. Com isso, o estado é o quarto maior produtor do Brasil, atrás de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, segundo dados apurados pela diretoria de pesquisas e coordenação de agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O veterinário Roberto de Andrade Silva, do Departamento de Economia Rural (Deral), em Curitiba, órgão da Secretaria Estadual da Agricultura, informou que o levantamento mais recente da coturnicultura (criação de codornas) foi feito em 2004, pelo IBGE. Foi constatado que em 1997 o Paraná contava com 278.304 aves, em 1999 eram 520.958 exemplares e desde 2001 estacionou em torno de 455 mil. Mais de 95% das aves são utilizadas na produção de ovos. As regiões de Curitiba com 41,1%, Apucarana com 17,7% e Londrina com 11% com são as maiores produtoras.

Na região de Umuarama, o produtor José Vicente Biella entrou na atividade há um ano e já planeja aumentar em cinco vezes a criação que, atualmente, é de 2.000 fêmeas, empurrado pelos ganhos. Os Biella moram numa chácara de quatro alqueires e sempre sobreviveram com dificuldade das plantações de milho, algodão, mandioca e da restrita criação de gado. Depois de participar de encontros que debatem a agricultura familiar, José Biella se interessou pela coturnicultura e foi atrás de informações.

Inicialmente, comprou 2.000 aves de um produtor no interior de São Paulo e adaptou numa tulha as gaiolas onde são mantidas as codornas. Ele optou pela venda dos ovos em conserva. Por exigência da Vigilância Sanitária, construiu uma pequena sala, onde os ovos são cozidos, descascados e embalados.

A granja produz cerca de 50 mil ovos ao mês. A empresa familiar fatura em média R$ 5 mil ao mês e os gastos são inferiores a 40% por causa do uso da mão de obra familiar. Quatro pessoas da família trabalham o dia todo no negócio. Aldo até deixou o emprego de metalúrgico para voltar a morar na chácara. O próximo passo é aumentar a criação para 10 mil aves e ampliar as vendas para outras cidades da região.

As codornas começam a pôr ovos aos 45 dias de idade e produzem até onze ou doze meses. Depois são abatidas e a carne, considerada exótica, pode ser vendida.

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