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Segundo o MST, cerca de 350 pessoas estão na fazenda Esmeralda, onde pretendem montar acampamento para reivindicar as terras para a reforma agrária. | Divulgação/MST
Segundo o MST, cerca de 350 pessoas estão na fazenda Esmeralda, onde pretendem montar acampamento para reivindicar as terras para a reforma agrária.| Foto: Divulgação/MST

Os integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram no início da manhã desta quarta-feira (7) a fazenda do coronel João Baptista Lima, amigo do presidente Michel Temer (MDB), em Duartina, interior de São Paulo. O movimento já havia invadido o local em maio de 2016 e julho de 2017.

Segundo o MST, cerca de 350 pessoas estão na fazenda Esmeralda, onde pretendem montar acampamento para reivindicar as terras para a reforma agrária. A ação integra a Jornada Nacional de Luta das Mulheres sem Terra e, de acordo com o movimento, tem o intuito de denunciar políticas contrárias aos direitos das mulheres na gestão Temer.

Esta é a terceira vez que o MST ocupa a fazenda Esmeralda, denunciando “a ilegitimidade do governo golpista de Temer e nos posicionando contra a sua agenda de retrocessos para a classe trabalhadora”, informa a dirigente do MST, Joana Costa.

Os sem terra afirmam que a propriedade faz parte de um esquema de corrupção. Amigo de Michel Temer há décadas, Lima Filho é um dos principais personagens da delação da JBS e foi apontado nos depoimentos como destinatário de propina enviada ao presidente, na eleição de 2014, pela empresa.

A fazenda Esmeralda foi comprada por Lima em 1989, dois anos depois de ele obter o registro de arquiteto em São Paulo. Ele e a empresa Argeplan Engenharia, também dona da fazenda, ajudaram a financiar a campanha de Temer em 1994 com R$ 100 mil cerca de R$ 557 mil em valores corrigidos. Em 2011, o coronel passou a ser oficialmente sócio da Argeplan.

Segundo o delegado de Duartina, Paulo Calil, os sem terra permanecem em duas áreas da fazenda, próximo às guaritas e no escritório. O administrador da fazenda pela Argeplan registrou boletim de ocorrência e o advogado da empresa deve pedir reintegração de posse.

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