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2011 tende a ser o ano da soja para o Brasil. Enquanto no Hemisfério Norte as apostas no milho se reforçam, por aqui a oleaginosa ganha área e se consolida enquanto maior fonte de renda da agricultura. É uma questão de vocação – temos uma das maiores produtividades do mundo – e também de posicionamento estratégico.

A colheita atual deve comprovar o que os produtores brasileiros afirmaram na época colheita. Alertados de que o ano seria difícil pelos riscos climáticos, refinaram suas apostas. Focaram no mercado – afinal, o clima ninguém controla – e ampliaram o espaço da soja reduzindo a área de milho. O cereal teve dois anos de preços abaixo dos custos em boa parte das regiões produtoras do país e não mostrava sinal de reação.

Agora aí está o resultado. O clima colaborou e a renda tende a superar a do ano passado. Ficou fácil fazer boa média de preços neste ano, mesmo para quem não se previne e deixa para vender tudo na hora da colheita.

O Caminhos do Campo mostra, nesta edição, que o bom rendimento traz também velhos problemas, como o encarecimento do frete e o risco de filas na chegada ao Porto de Paranaguá. A tendência é de reajuste também nos insumos nos próximos meses. Os preços das terras, que sofreram reajustes em 2010, também tendem a subir mais um degrau.

Mesmo assim, o campo mostra ser o ponto forte da economia brasileira. O trabalho da Expedição Safra Gazeta do Povo, que percorre a partir desta semana regiões agrícolas de 12 estados, vai detalhar não só o universo da produção da soja e do milho, mas um lado do Brasil que dá certo, e que tem muito a mostrar.

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