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Qual o quadro funcional da Emater e quantos funcionários seriam necessários?

Trabalhamos com 1.309 funcionários, mas nosso quadro é de 1.600. É o quadro mínimo que foi aprovado pela última legislação para que a gente pudesse desenvolver todas nossas ações. A Emater está em todo o Paraná, em 395 dos 399 municípios. Tem lugar que tem um ou dois funcionários. De 2002 para cá, o quadro é praticamente o mesmo.

Qual seu objetivo, chegar aos 1.600?

Nossa proposta é trabalhar com o governo do estado e chegar, não de hoje para amanhã, mas dentro de quatro anos, próximo de 1,6 mil funcionários contratados por tempo indeterminado. Funcionários efetivos. Preci­samos de gente que venha e incorpore, que fique na instituição. Na Emater, leva-se de três a quatro anos para um funcionário estar preparado para ser um bom chefe regional.

Em termos de projetos, o que vocês devem lançar?

Temos três desafios principais. O papel da Emater é extensão rural, vai além da assistência técnica. E o Paraná está tendo um desenvolvimento heterogêneo e concentrado. Os grandes centros estão inchando, as pessoas vêm das cidades pequenas, com menos de 20 mil habitantes, buscando novas oportunidades nas cidades, mas acabam indo morar na periferia, nas favelas, porque não há condições. Em contrapartida, as cidades de onde elas saíram se esvaziam de pessoas ativas economicamente. Isso acontece porque lá não tem oportunidades. Como a Emater está em todos os municípios, nosso primeiro grande desafio é discutir oportunidades para as pessoas ficarem nas cidades onde estão. Vamos aperfeiçoar as cadeias produtivas que já existem: leite, carne, grãos. E fomentar opções como fruticultura, olericultura, floricultura, aquicultura e outras opções.

Quais os outros desafios?

Nossa segunda grande ação vai se dar no âmbito dos territórios (os programas do governo federal focam quatro territórios no Paraná: Cantuquiriguaçu, Norte Pioneiro, Paraná Centro e Vale do Ribeira). As prioridades serão o Norte Pioneiro e o território de Cantuquiriguaçu, com problemas mais urgentes. Essas regiões concentram a pobreza do estado. O Paraná é o mais pobre dos estados do Sul e precisa resolver esse problema com a presença do estado. Nessas áreas deprimidas, vamos buscar geração de renda com cadeias alternativas, como a do leite, e com programas de produção direcionada à alimentação, para que a população não passe fome. Ainda temos 100 mil famílias que vivem em situação praticamente de penúria, alguns até com dificuldades na alimentação. O terceiro desafio é fazer o estado retomar e reforçar práticas de manejo correto do solo e da água. Vamos retomar o trabalho do antigo programa Paraná Rural, trabalhando nas 23 microbacias do Paraná.

Há orçamento para isso?

Nosso principal custo é com pessoal. Na Emater, 100% da folha são pagos pelo governo do estado. O orçamento é de 100 milhões, folha mais encargos. Temos ajuda de custeio das prefeituras e, para equipamentos, buscamos recursos do governo federal. Engatilhado, temos projeto de R$ 20 milhões para treinar agricultores e técnicos.

Quando o senhor acha que o produtor rural vai sentir esse reforço no trabalho da Emater?

As contratações dependem de tempo, seis meses a um ano. Mas o produtor já está começando a sentir as diferenças dentro desses desafios que traçamos. Vai sentir mais quando lançarmos programa habitacional rural. Nosso foco será o desenvolvimento.

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