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Desde a sua fundação, há quarenta anos, o complexo de armazenagem de grãos de Ponta Grossa passou por altos e baixos. A unidade alcançou o auge na década de 80, ápice do terror inflacionário e da intervenção estatal nos mercados agrícolas, quando a guarda dos estoques públicos de trigo demandava quase toda a sua capacidade estática de armazenagem.

Na época, o governo detinha a exclusividade das aquisições, tanto de produto nacional como de importado, e de seus repasses aos moinhos, o que exigia a formação de grandes estoques do produto. Ponta Grossa foi escolhida para ser o coração dessa operação. Por sua localização estratégica, a 200 quilômetros do Porto de Paranaguá, permitia o rápido escoamento dos estoques públicos de trigo para os estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste, por meio dos modais rodoviários ou ferroviários, e para o Nordeste, por cabotagem.

Nos anos 90, com a abertura do mercado nacional e a progressiva redução da interferência do governo no mercado, passou a ter dificuldades para manter taxas razoáveis de ocupação. Em 2000, o índice caiu a menos de 10%. A crise deflagrou um processo de mudança na gestão do complexo. O seu planejamento estratégico, agora focado na conquista de novos clientes e aumento progressivo do volume de grãos depositados.

A nova estratégia surtiu efeito. Desde então, os índices de ocupação vêm melhorando a cada ano. Em 2009, ano de safra recorde e preços baixos, a unidade manteve estoques médios de mais de 280 mil toneladas por mês. Neste ano, a taxa chegou perto do limite, alcançando 80% – 325 mil toneladas de grãos.

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