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Para o analista Nathan Blanche, da Tendências Consultoria Econômica, o câmbio não é mais o principal problema do agronegócio brasileiro. Na sua avaliação, acontece o contrário: "o dólar tem favorecido a atividade".

Para reduzir os custos do setor, explica, é preciso desonerar o diesel e a tributação. O óleo combustível, segundo Blanche, é um dos exemplos que expõem a falta de competitividade do país. Enquanto aqui o litro do combustível custa, em méda, R$ 1,84, nos Estados Unidos o produtor paga R$ 1,40 e na Argentina, R$ 1,08. No Brasil, o diesel já representa 10% do custo operacional de produção.

Outra distorção apontada pelo consultor está na operação portuária. Para embarcar uma tonelada de soja no porão de um navio, o custo brasileiro é de US$ 5,5, contra US$ 3,0 nos portos argentinos e norte-americanos.

Mesmo assim, destaca Blanche, o agronegócio é responsável por 90% do superávit da balança comercial brasileira, que este ano deve fechar com um saldo entre US$ 43 bilhões e US$ 44 bilhões. "O setor está pagando a conta da ineficiência de outros segmentos, que não são competitivos", diz o analista, que defende a desoneração a partir da redução da carga tributária.

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