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Na prática, o câmbio virou uma faca de dois gumes. O ideal seria um dólar baixo na época do plantio para aquisição dos insumos e mais valorizado no momento de comercialização da safra. Como isso depende de outras variáveis, que não somente da política agrícola, mas da política monetária, o produtor já se conforma com a sinalização de uma taxa estável que acompanhe todo o ciclo de produção. Douglas Taques Fonseca, produtor da Região dos Campos Gerais, está consciente de que "plantar e co-lher no mesmo câmbio já é uma vantagem na comparação com anos anteriores". A preocupação fica por conta da margem apertada e do passivo que ficou de outras safras. "A dívida que foi alongada este ano vai somar com o atual custeio", destaca Taques.
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