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Além de comprimir a rentabilidade dos produtores, a queda livre nos preços da mandioca começa a afetar a operação das indústrias. Levantamento divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, indica que o processamento das fecularias caiu pela metade na semana passada. Os técnicos da entidade explicam que mesmo com ampla disponibilidade do produto no campo os agricultores estão retardando a colheita e retendo parte da produção nas fazendas. A estratégia tenta forçar uma alta nas cotações do alimento, que já atingiu o preço mínimo de R$ 170 por tonelada em algumas regiões do Paraná.

A baixa está ligada ao forte aumento na oferta nacional do produto em todo o país. A insatisfação com os preços de venda também tem motivado protestos no Norte e Noroeste do Paraná. Ontem algumas rodovias que dão acesso a indústrias na região de Paranavaí foram bloqueadas, o que acabou motivando uma reunião entre as empresas e os agricultores.

Com custos de produção próximos a R$ 237 por tonelada, o setor pede revisão nos valores mínimos. A medida já motivou uma intervenção da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), que encaminhou ao Governo Federal uma solicitação de medidas urgentes para socorrer o setor.

Tombo64%foi a queda média nos preços da mandioca entre janeiro de 2014 (R$ 500 por tonelada) e março de 2015 (R$ 185/ton). Desvalorização tem inviabilizado atividade no campo, dizem osprodutores.

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