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Os caminhões que percorrem os 630 quilômetros entre Holambra (SP) e Curitiba são refrigerados, mas levam pelo menos um dia para fazer o percurso. “A umidade traz doenças. É preciso todo o cuidado”, ressalta Wagner Cosme de Almeida, dono da distribuidora Almeida Flores.

Mesmo em condições especiais, a vida útil das flores acaba sendo reduzida. “Existe um trabalho de pós-colheita e, mesmo assim, por se tratar de um produto perecível, o tempo de vida diminui”, confirma Francis Haisi, sócia da floricultura Joana Joaninha.

O que agrava a situação é que muitos fornecedores de Holambra estão longe de São Paulo. Em alguns casos, as flores viajam 5 mil quilômetros entre fornecedores, banco de oferta e consumidores. “Um dos maiores fornecedores de rosa é do Ceará. Ele faz a entrega uma vez por semana. As empresas vêm, compram e transportam de volta”, explica Rachel Osório, gerente comercial da cooperativa. Segundo ela, uma saída seria a abertura de centros logísticos regionais.

A estruturação de mercados regionais depende da união das floriculturas, avaliam Francis, que abriu a floricultura Joana Joaninha em Campo Largo há um ano. A vantagem seria a redução dos custos logísticos, que hoje favorecem São Paulo. Para garantir fornecimento de Holambra, é necessário comprar R$ 10 mil ao mês.

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