A colheita de mandioca volta a ganhar ritmo no Brasil, mas sem despertar entusiasmo entre os produtores. Boletim divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, indica que o movimento de retirada da raiz do campo gerou aumento no volume processado pelas fecularias, mas sem grande oscilação nas cotações.

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Mesmo com maior oferta os preços subiram na última semana puxados pelo rendimento de amido, que diminuiu expressivamente em algumas empresas. Ainda assim, aponta o Cepea “paulatinamente, a disponibilidade de raízes de segundo ciclo tem sido menor em algumas regiões, ao mesmo tempo em que agricultores apontam não haver viabilidade na colheita da ‘mandioca nova’”.

Também é possível detectar movimentos pontuais de plantio, mas a expectativa é de forte retração na área cultivada em virtude do mercado desfavorável. Só no Paraná os preços médios acumulam queda de 27,3% entre janeiro e agosto deste ano, ficando abaixo de R$ 150 por tonelada, conforme a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).

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Em queda145,1 mil hectaresde mandioca devem ser plantados pelo Paraná em 2015/16, projeta a Seab. Índice é 3% inferior ao da temporada passada, mas se a produtividade for favorável, expectativa é de acréscimo de 2% na oferta, que pode romper a barreira dos 4 milhões de toneladas.