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A edição do Caminhos do Campo que chega a suas mãos traz um mosaico de atividades que bem retratam a diversidade da agropecuária paranaense. Ou, pelo menos, bons exemplos de como a propriedade rural pode ser diversificada e lucrativa.

Nosso tema de capa aborda a modernização das criações de ovinos e caprinos no estado. Até há poucos anos, ovelhas e cabras eram vistas em sítios e fazendas mais como um "enfeite" ou um complemento da pecuária bovina de carne ou leite. O Programa de Estruturação das Cadeias Produtivas de Ovinos e Caprinos, implantado pelo governo estadual há três anos, mudou essa realidade.

Hoje, a ovinocultura ou caprinocultura já são a atividade principal de muitos produtores. Funcionam no estado dois arranjos produtivos completos em torno dessas criações: um na região de Castro (ovinos) e o outro em Francisco Beltrão (caprinos).

Essas cooperativas atuam desde o melhoramento genético até a distribuição da carne em açougues, supermercados e restaurantes. Usam técnicas até há pouco exclusivas de criações "nobres", como a transferência de embriões e o uso da homeopatia para o controle de verminoses e o estímulo à fertilidade das fêmeas.

Outra reportagem do caderno mostra as perspectivas e vantagens da criação de peixes de água doce no sistema de tanques-rede – cercados flutuantes instalados geralmente em represas. A técnica, que concentra os cardumes em espaços pequenos, com constante renovação da água, pode aumentar em até 100 vezes a produtivadade e cortar em 40% os custos da atividade.

Mas, estimulado pela visão bíblica da multiplicação dos peixes, o piscicultor não deve lançar suas redes às represas sem planejamento. A criação em tanques-rede exige projetos detalhados e autorizações burocráticas que respeitem a legislação nacional sobre o uso da água.

Ovinos, caprinos e peixes são excelentes opções para ajudar o produtor rural paranaense a atravessar a crise da produção de grãos. Falando nisso, o carro-chefe da economia rural do estado não foi esquecido. Uma equipe da Gazeta do Povo está percorrendo as principais regiões produtoras do estado para levantar as tendências e percalços das culturas de soja e milho na safra 2006/2007.

É o projeto Rumos da Safra, que merecerá uma série de reportagens especiais, a partir da próxima edição do Caminhos do Campo. Nesta, já apontamos as três principais preocupações dos produtores paranaenses que se dedicam a plantar grãos: a possiblidade da terceira seca consecutiva, o câmbio desfavorável à exportação e a necessidade de um efetivo seguro de renda.

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