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As áreas alvo de autuação por descumprimento ao vazio sanitário da soja somaram 4 mil hectares no Paraná, o dobro da extensão registrada no ano passado. As notificações alertando os produtores para o cumprimento das determinações legais foram 5 mil este ano contra 4,8 mil no período anterior. Por determinação legal, há três anos é proibido o cultivo do grão entre os dias 15 de junho e 15 de setembro. Assim, para a próxima temporada, o cultivo da oleaginosa está permitido a partir de hoje. O objetivo do vazio é eliminar dos campos o fungo responsável pela ferrugem asiática, doença que afeta a sanidade e provoca queda na produtividade das lavouras.

Apesar da constatação de irregularidades em maior extensão, Maria Celeste Marcondes, agrônoma do Departamento de Fiscalização da Secretaria Estadual da Agricultura, avalia que o produtor fez um monitoramento satisfatório e que o vazio atendeu às recomendações. Os 4 mil hectares são de pequenas lavouras e também de plantas remanescentes, a chamada soja involuntária.

Maria Celeste explica que os números absolutos não servem de parâmetro para avaliar a eficácia e obediência às regras. Ela entende que é necessário considerar variáveis como o volume total de produção do ciclo 2009/10, que atingiu 14 milhões de toneladas no Paraná, contra menos de 10 milhões no exercício anterior, assim como a regime de chuvas, com o El Niño, fenômeno que criou condições favoráveis à safra recorde, como também o ambiente propício à proliferação da ferrugem.

Na última safra, o Consór­cio Antiferrugem, que monitora a incidência da doença, registrou 2.371 focos do fungo no Brasil, com destaque para o Mato Grosso, com 624 casos. O Paraná ficou em quinto, com 265 ocorrências. No ciclo anterior foram 2.884 focos ao todo.

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