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A primeira exportação de milho brasileiro foi realizada por uma cooperativa paranaense, a Coamo, que tem sede em Campo Mourão (Noroeste). A operação ocorreu em 1995, com o embarque de 60 mil toneladas para Marrocos. A iniciativa da Coamo abriu um espaço até então inexplorado pelo país. Nas safras mais recentes, o Brasil tem exportado o excedente da produção, entre 3 e 4 milhões (t).

Para este ano, a previsão é embarcar 7,5 milhões (t), recorde nacional. O volume só não é maior, explica Flávio Turra, da Organização das Cooperativas (Ocepar), porque o câmbio não está favorável. "Com um dólar em torno de R$ 2,50, embarcaríamos 10 milhões de toneladas." O maior volume exportado até hoje foi de 5,6 milhões (t), na safra 2000/01 – quase 15% da produção total da época.

Apesar da oferta em alta e do aumento de preço e demanda mundial, exportar milho continua sendo uma tarefa difícil, diz o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini. Ele explica que, além de liquidez, falta uma estrutura de comercialização para o milho, como existe para a soja. "As perspectivas internacionais são boas, mas o milho ainda está muito atrelado ao mercado interno."

Na avaliação do dirigente, são os clientes brasileiros que sustentam a relação de oferta e demanda, mas exportar o excedente ajuda a balizar preço. Gallassini acredita que o momento é bom e as previsões são otimistas em relação ao uso dos grãos na produção de biocombustíveis. A aposta maior, no entanto, está no etanol de milho dos Estados Unidos. Ele diz que ainda tem dúvidas em relação ao biodiesel brasileiro, devido à falta de um política de incentivo à produção para esse fim.

A área de milho dos produtores da Coamo ultrapassa 500 mil hectares. A expectativa da cooperativa neste ano é produzir 1,4 milhão (t) e exportar 400 mil (t).

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