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O atraso no plantio de milho provoca acúmulo de serviço na lavoura. E os produtores não têm como escapar do problema. Nas cinco regiões já percorridas pela Expedição Caminhos do Campo/Gazeta do Povo, eles dizem que haverá correria no campo logo que começar a chover. Oeste, Sudoeste, Campos Gerais, Norte Pioneiro e Norte informam que as alterações terão efeito dominó até o final da safra, uma vez que milho e soja devem estar prontos para a colheita na mesma época, em março.

O produtor Sidnei Tsuruda, de Curiúva (Norte Pioneiro), que sempre colhe o milho primeiro, já se programa para iniciar a tarefa pela soja. Se as duas colheitas ficarem muito próximas, é melhor deixar o cereal esperando, uma vez que soja muito seca é sinônimo de aumento nas perdas, explica. O problema é que, enquanto permanece na lavoura, o milho pode ser atacado por fungos. Além disso, se chover, o cereal pode perder qualidade e, se houver mais seca, a tendência é de que os grãos fiquem quebradiços, acrescenta.

Mesmo com dois tratores para o plantio, o produtor Valter Fassula, de Londrina (Norte), prevê falta de tempo (com umidade) para semear o milho e a soja. As duas máquinas garantem o plantio de 24 hectares por dia. Para plantar sua área de cultivo inteira, ele vai precisar de dez dias. Como 20% da lavoura receberá sementes de milho e 80% de soja, Fassula levará dois dias só para semear o milho. O plantio da soja pode ser feito até 15 de novembro, mas existe o temor de que não ocorram outros oito dias úmidos até lá. Na colheita, já planeja alugar uma máquina só para o milho. "O problema vai ser encontrar colheitadeira."

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