Para 2018, a expectativa é que o consumo doméstico de leite fique estável em 10 milhões de toneladas.| Foto: HENRY MILLEO/Gazeta do Povo

A produção de leite no Brasil deve aumentar 1,8% em 2018, para 23,98 milhões de toneladas ante as 23,55 milhões de toneladas esperadas para o total de 2017, estima o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório. A elevação da produção tende a ser impulsionada pelas exportações de lácteos, como o leite condensado e o leite em pó.

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Outro fator que influencia neste aumento é a suspensão das importações de produtos lácteos do Uruguai. O USDA destaca que, em 10 de outubro, o Ministério da Agricultura brasileiro suspendeu as compras do país vizinho e solicitou comprovante de rastreabilidade, para verificar se 100% do produto vindo do Uruguai era, de fato, daquele país.

“O cenário é derivado do excesso de leite no mercado e da fraca demanda dos consumidores, mesmo que indicadores mostrem que a situação econômica do Brasil está melhorando gradualmente”, diz o documento. Com isso, as empresas do setor estão apostando nos derivados em vez da matéria-prima em si. Para 2018, a expectativa é que o consumo doméstico de leite fique estável em 10 milhões de toneladas.

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Durante palestra no encontro internacional Dairy Vision, em Curitiba, na última semana. Andres Padilla, analista sênior do Rabobank no Brasil, apontou que o aumento da oferta de leite em vários países faz com que os preços fiquem acomodados nos mercados domésticos. “Esse comportamento poderia ser relevante para o Brasil, principalmente por causa da retomada do consumo, mas não há tanto espaço para o crescimento nos preços”, disse.