Um dos termômetros da produção de soja no Paraná, os números da Coamo, com sede em Campo Mourão (Centro-Oeste), confirmam produção equivalente à da temporada passada. "Com 82% da safra colhida, a produtividade está muito boa. Teremos outro ano cheio", revela Luiz Carlos de Castro, supervisor da gerência técnica da cooperativa. A Coamo concentra perto de um quarto de toda a área cultivada com soja no estado.

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A produtividade obtida nos mais de 1 milhão de hectares colhidos até agora fica apenas 0,5% abaixo da média registrada no ciclo anterior, que teve co­­lheita recorde de mais de 5 milhões de toneladas na área de abrangência da cooperativa. "É um resultado muito bom, que tende a ficar ainda melhor conforme os trabalhos avançam nas regiões mais altas e mais produtivas do estado, nos Campos Gerais. Até o final do mês, o índice deve encostar no do ano passado", prevê Castro.

Na temporada 2009/10, os associados da Coamo tiraram quase 3,2 mil quilos de soja por hectare de suas lavouras. Diante das previsões de seca neste ano, a expectativa no início do ciclo era de que a produtividade caísse abaixo de 3,1 mil quilos/ha. "Mas o La Niña não se confirmou. Pelo contrário, houve até excesso de chuva em fevereiro. Mesmo assim, não tivemos perdas expressivas a ponto de comprometer o resultado da safra", conclui o técnico.

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No campo, produtores confirmam os relatos de boa produção. Quando recebeu uma equipe da Expedição em fevereiro, no auge do período chuvoso em Campo Mourão, o produtor Jaime Neitzke se mostrava animado com a safra 2010/11. Mesmo com as lavouras debaixo de muita chuva, esperava colher 600 quilos por hectare a mais que no ano anterior, com média de 3,6 mil quilos de soja por hectare. "A umidade atrasou a colheita da soja precoce, que vai coincidir com a do mi­­­lho. Vou ter que alugar máquina para dar conta do trabalho. Mas esse é um problema bom de resolver porque significa safra cheia", disse.