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Com sustentação no apetite internacional, especialmente o chinês, a safra brasileira de soja nunca foi tão valiosa. Ontem, o contrato que é referência para os negócios da próxima colheita do país, o março/13, atingiu máxima histórica na Bolsa de Chicago: US$ 17,12 por bushel, medida equivalente a US$ 37,77 por saca de 60 quilos.

O avanço seguiu a onda de ganhos registrados pela safra norte-americana, que também bateu recorde ao ser negociado a US$ 17,89 por bushel (US$ 39,35 por saca) no melhor momento do dia, porém com valorizações mais modestas em relação à produção do Brasil. O contrato novembro/12 subiu 11 pontos, enquanto o março/13, 27 pontos.

O comportamento dos preços no pregão norte-americano mostra que o mercado internacional está cada vez mais preocupado com o abastecimento de soja. Como a situação no Meio-Oeste dos Estados Unidos caminha para uma definição, agora é a América do Sul e, principalmente o Brasil – principal player mundial da soja na próxima temporada – que atrai a atenção dos traders.

Depois de uma sequencia de quebras na produção agrícola dos maiores produtores globais – primeiro na Argentina, Brasil e Paraguai em dezembro e janeiro passados, agora no Hemisfério Norte – o mundo está ansioso para saber se os sul-americanos darão conta de suprir a fome do planeta pela soja. A China, principal importadora da commodity, deve manter suas compras mesmo num cenário econômico de desaceleração.

E é baseado nesta conjuntura de crise global, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, que o mercado espera correções nas cotações do produto nos próximos dias. As baixas devem ser pressionadas pelos fundos de investimento, maiores detentores de contratos de soja em Chicago, que devem assumir uma posição de aversão a riscos, vendendo parte dos papéis que acumulam em suas mãos.

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