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Mesmo se a safra brasileira de grãos for menor, oferta de soja vai aumentar, aponta Conab | Andra© Rodrigues / Gazeta Do Povo
Mesmo se a safra brasileira de grãos for menor, oferta de soja vai aumentar, aponta Conab| Foto: Andra© Rodrigues / Gazeta Do Povo

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (09) sua primeira estimativa para a safra 2014/15 de grãos no Brasil. A entidade aponta que o país tem potencial para colher entre 194 milhões e 201,6 milhões de toneladas. Na pior das hipóteses isso representa retração na oferta de 0,7% ante a 2013/14. Na projeção mais otimista haveria um aumento de 3,2% em relação ao período anterior, quando foram colhidas 195,4 milhões de toneladas.

Em termos de área cultivada o intervalo da Conab oscila entre 56,23 milhões e 58,34 milhões de hectares. Os números variam entre uma retração 1,2% até um aumento de 2,5% no comparativo com a safra passada.

Mesmo com perspectiva de baixa nos preços a soja ganha terreno, e segue puxando a expansão nacional. A estatal brasileira projeta o horizonte entre 88,83 milhões e 92,41 milhões de toneladas. Isso representa crescimento entre 3,2% e 7,3% na comparação com o último ciclo. Em termos de área o mínimo estimado é de 30,6 milhões de hectares (+1,4%) e o máximo é 31,8 milhões de hectares (+5,5%). Ainda assim a projeção é considerada conservadora por parte do mercado, que já calcula colheita acima de 93 milhões de toneladas para a oleaginosa.

Conforme a Conab, apesar de os preços não apresentarem bom suporte para a safra que será iniciada, os produtores consideram que o plantio da oleaginosa ainda é a melhor opção, em comparação com as demais culturas concorrentes, principalmente milho, feijão e pastagens. "Colocam como atrativo, uma certa manutenção dos valores relacionados aos custos de produção, capitaneada pelo comportamento dos preços dos fertilizantes, oportunidade bastante aproveitada pelos produtores, que providenciaram um grande volume de compras antecipadas, no primeiro semestre", dizem os técnicos da Conab. Além disso, o dólar continua apresentando valorização ante o real, tornando a queda observada nos preços internos mais amena do que nas cotações internacionais do produto.

No caso do milho há certeza de retração no plantio. A Conab indica que na primeira safra o volume vai oscilar entre 27,2 milhões de ton a 29,5 milhões de ton, representando queda de 14,1% a 6,7% em comparação com o período anterior. A Conab estimou para a segunda safra de milho 49,4 milhões de t, o que resultará um total de 76,6 milhões a 78,9 milhões de ton em 2014/15, menos 4,1% a menos 1,2% ante 2013/14.

Em termos de área o intervalo ficou entre 15,1 milhões a 15,5 milhões de hectares, representando um decréscimo de 4,6 a 1,7% ante a 2013/14. Conforme os técnicos da entidade, está prevista uma forte redução na intenção de plantio do produto da primeira safra, particularmente nos importantes Estados produtores da Região Sul. "No Paraná, a relação mais favorável dos preços de soja em relação ao milho está induzindo a redução no plantio da primeira safra, sendo esperado um decréscimo acentuado", informa.

A queda das cotações internacionais do milho contribuem para desestimular o plantio do cereal. "Os estoques finais, tanto da safra 2013/14 quanto da 2014/15, deverão permanecer altos, exercendo influência sobre as cotações domésticas, e podendo, por consequência, influenciar na tomada de decisão do produtor no plantio do milho segunda safra, vez que tal informação somente será percebida a partir do quinto levantamento da safra 2014/15". Em compensação, para 2014/15 há uma expectativa de aumento do consumo interno em torno de 2%, alcançando 55 milhões de toneladas, já que o setor de produção animal ainda não está refletindo os embargos da Rússia em relação às relações comerciais com os Estados Unidos e Europa.

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