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A comercialização da soja e do milho de verão segue na casa de 25% e 35% no Paraná. Os índices, entre os menores dos últimos anos, avançam lentamente. Os produtores vendem para pagar contas e garantem a carga de na­­vios que fazem fila em Para­na­guá.

Apesar dos preços baixos, na casa de R$ 13,8 a saca do cereal e de R$ 31 a saca da oleagionsa, as vendas de soja estão ativas, afirmam os analistas. "Está tendo liquidez, está tendo negócio. O pessoal está vendendo primeiro para arrumar espaço (nos armazéns) e segundo para começar a pagar dívidas", declarou Flávio Turra, o gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná.

A comercialização da oleaginosa está se concentrando mais no Paraná neste mês, uma vez que o Mato Grosso, o maior produtor de soja, já realizou boa parte dos negócios. "Na Região Sul do país, os negócios até que andam, pois os produtores estão bem pouco vendidos...", comentou o analista Eduardo Godoi.

Com vendas ocorrendo, disse Turra, os problemas de armazenagem do Paraná estão sendo "equacionados". Segundo ele, a soja que estava armazenada nos pátios das cooperativas, envolvida por lonas e sacarias, já está sendo transferida para os silos, na medida em que o excedente do grão segue ao porto.

O Paraná tem uma capacidade de armazenamento de cerca de 26 milhões de toneladas, mas as grandes safras de soja e milho de verão, com colheitas próximas do fim, devem somar cerca de 21 milhões, que se acumulam aos estoques da temporada passada.

Enquanto o produtor luta para resolver a questão da armazenagem, as exportações brasileiras prometem ser grandes em abril, com o tempo mais seco colaborando com os embarques. E, mesmo assim, em vários portos há esperas de pelo menos dez dias para os navios atracarem, em uma época em que o movimento tradicionalmente é mais intenso, disse um trader de uma multinacional que não quis ser identificado.

"Tem muito line-up na maioria dos portos. Paranaguá com 12 a 15 dias, São Francisco (SC) com 10, 12 dias de espera para o navio atracar. Rio Grande (RS) não tem. Santos é que está mais equilibrado. E Vitória (ES) tem dez dias de espera", listou.

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