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Mais da metade da farinha que o Brasil consome é feita com cereal importado. | Foto: Henry Milleo/gazeta Do Povo
Mais da metade da farinha que o Brasil consome é feita com cereal importado.| Foto: Foto: Henry Milleo/gazeta Do Povo

O custo de produção de trigo no Brasil é considerado alto, na comparação com o observado em países como Argentina, Estados Unidos e mesmo na Europa. Basta reduzir a tarifa de importação a zero -- como ocorre na entressafra -- que os preços pagos ao produtor caem. No entanto, o que torna o trigo caro ao consumidor não é só isso:ConcentraçãoMais de 90% da produção saem da Região Sul, que tem clima mais favorável à cultura de inverno. Isso impõe custo de frete rodoviário para que a produção chegue ao Sudeste e de cabotagem (transporte entre portos marítimos) para distribuição ao Norte e ao Nordeste.CompetitividadeO custo do transporte entre as regiões produtoras e as consumidoras estão sendo combatidos. No último ano, o Paraná conseguiu "exportar" por cabotagem mais de 1 milhão de toneladas de trigo para outras regiões do país. No entanto, isso foi uma exceção.DemandaA expectativa é que o corredor de exportação de trigo aberto do Paraná para o Nordeste funcione novamente em 2015, mas a competitividade do trigo paranaense depende dos preços locais. Se os moinhos do Sul e do Sudeste tiverem dificuldade para importar, tentarão atrair a produção nacional, pagando mais pelo produto e provocando inflação em suas zonas de abrangência, bem como nas regiões que terão que pagar mais para comprar cereal no exterior.SaídasO Brasil teria de aumentar a produção, continuar buscando qualidade e baratear o custo do transporte. Essas três metas, perseguidas há mais de uma década, tornariam o pão, o macarrão, o biscoito e a pizza mais baratos, reduzindo a inflação dos alimentos.

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