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Umuarama - O aumento na oferta de etanol passa, necessariamente, pela formação de novos canaviais ou pela a reforma dos que já existem. O problema é que faltam linhas de créditos para o setor, considera Paulo Meneguetti, um dos diretores do grupo Santa Terezinha, sede em Maringá. O governo acena com essa possibilidade para os próximos meses, mas segundo o dirigente, mesmo que isso ocorra, não deve impactar na próxima safra. Para ele, os riscos de desabastecimentos tendem a continuar até 2013.

Um dos maiores grupos do setor sucroenergético do país, atrás apenas das gigantes Cosan, Bunge e LDC-SEV (associação da francesa Louis Dreyfus com a Santelisa Vale ), o Santa Terezinha teve quebra de 6% na produção de cana neste ano devido à estiagem registrada no segundo semestre do ano passado. Com 50% da área colhida, espera repetir a moagem do ano passado, de 16 milhões de toneladas. O temor, contudo é de que a quebra seja ampliada até o final da safra por causa das geadas que danificaram parte das plantações nos últimos dois meses.

Na avaliação de Menegetti, o ideal é renovar entre 18% a 22% dos canaviais todos os anos, mas em função da baixa rentabilidade e da falta de incentivos governamentais, nos últimos três anos quase não houve investimentos nos canaviais. Atualmente, o grupo possui 280 mil hectares plantados com cana no Paraná. Desse total, 240 hectares estão em produção e o restante é plantação nova. Pelo menos 44 mil hectares estão em reformas neste ano.

Mix de produtos

A reação no preço do etanol veio junto com a redução na produção, o que limitou o aumento do faturamento da empresa. Segundo Meneguetti, as cotações praticadas atualmente cobrem os custos de produção, mas não são elevadas o suficiente para gerar caixa excedente e possibilitar novos investimentos. O grupo mantém, nos últimos anos, a proporção de 70% da matéria-prima destinada para a produção de açúcar e 30% para o etanol. "Mudar esse quadro exige investimento alto e, por isso, não está nos planos".

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