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FOTOS: Confira imagens da Seca nos EUA

A previsão é que a produção americana, principal fornecedor de grãos para o mercado mundial no segundo semestre, seja até 50 milhões de toneladas menor do que o potencial estimado no início da temporada – 462 milhões de toneladas de soja e milho.

A soja oscilou ontem entre US$ 16,87 e US$ 17,62 por bushel (US$ 37,21 a US$ 38,87 por saca de 60 quilos). O milho variou entre US$ 7,95 e US$ 8,24 por bushel (US$ 18,78 a US$ 19,46 por saca). De acordo com analistas do setor, a possibilidade dos preços chegarem a US$ 20 para a oleaginosa e US$ 10 para o cereal se tornou bastante plausível.

"Se a baixa precipitação continuar nos Estados Unidos nas próximas duas semanas, é possível chegar a esse nível de preços. O mercado está precificando antecipadamente e, no caso brasileiro, a taxa de câmbio e os prêmios colaboram para a valorização", afirma Eugênio Stefanelo, analista e técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Paraná.

Para o vice-presidente de Futuros para a América Latina da Jefferies Bache, de Nova York, Stefan Tomkiw, o contexto atual pode ser favorável aos países da América do Sul, inclusive o Brasil, uma vez que as produções norte-americana e europeia têm sofrido problemas climáticos.

"É necessária uma grande safra para recompor os estoques para níveis confortáveis. Com a quebra sul-americana [no último verão] e depois nos Estados Unidos, o mercado tende a esperar que esse ajuste venha na nova safra da América do Sul", pontua.

Os especialistas defendem que as vendas sejam graduais. "Os agricultores devem aproveitar cada aumento entre julho e agosto. Quando a safra norte-americana entrar no mercado, mesmo parcialmente comprometida, os preços devem se estabilizar", diz Stefanelo. "É muito difícil precisar um pico neste momento, mas sabemos que nenhuma alta é eterna", complementa Tomkiw.

América

A falta de chuva dos últimos dois meses fez com que os Estados Unidos se encontrassem em meio à pior seca dos últimos 50 anos. Mais de 1,3 mil condados, cerca de um terço do total, foram declarados áreas de desastre. Mais de três quartos da safra de milho e soja dos Estados Unidos estão em áreas atingidas pela seca.

No último fim de semana, o editor Mike McGinnis, do Agriculture.com, percorreu o trecho entre Bloomington, no Illinois (IL), e Columbus, no Ohio (OH), dentro do Corn Belt. Em relato especial para a Gazeta do Povo, ele destaca que o milho está muito fraco, com espigas pequenas e mal formadas. Além disso, os talos e as folhas estão sendo "queimados" em função das altas temperaturas registradas no campo. "O pessoal disse que com chuva as culturas ainda podem render bem. Mas, a umidade precisa chegar nesta última semana de julho e nas duas primeiras semanas de agosto", afirmou.

Seca nos EUA

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