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A geada pegou toda a região produtora do estado. Cerca de 70% do terreno estavam suscetíveis a perdas climáticas. Toledo, Cascavel e Campo Mourão (Oeste) foram alguns dos municípios mais castigados. Responsáveis por mais da metade da produção paranaense de milho, as regiões Oeste e Norte devem registrar as maiores perdas.

"Na média, 25% foram perdidos", diz Mário Balk, gerente comercial da Lar Cooperativa, de Medianeira, referindo-se a lavouras do Oeste. Na madrugada de terça-feira, os termômetros marcaram 3º C negativos no município.

O frio intenso impede que as plantas transfiram energia das folhas para os grãos, resultando em perda de peso e qualidade. Quando a parte verde fica seca, também deixa de absorver luz solar, explicam os técnicos. Em Palotina (também Oeste), a quebra pode chegar a 50%, conforme Paulo Carvalho, da Cooperativa C.Vale.

Depois de apanharem do frio intenso, as lavouras de milho do estado começaram a receber chuvas leves ontem. A combinação, segundo especialistas, pode agravar o problema. "A pior coisa que existe para uma planta é chuva após geada", afirma Marco Antonio dos Santos, agrônomo do Instituto Somar, de São Paulo. As chuvas tendem a continuar caindo sobre o Paraná até sábado e, em seguida, deve ocorrer geada novamente em todo o Sul do país.

A última grande quebra de safra de milho ocorrida por geada aconteceu em 2000 no Paraná. Na época, o estado perdeu 60% da produção de milho de inverno depois de sofrer uma sequencia de 13 ocorrências registradas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

A agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab) Margorete Demarchi lembra que, nos anos de perda expressiva, as geadas ocorreram em julho "e nunca vieram sozinhas". A última projeção indica colheita de 7,4 milhões de toneladas de milho no Paraná.

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